Produtores de milho safrinha devem ficar atentos às pragas iniciais que atacam a cultura. Assim como a soja, o milho também sofre o ataque de pragas iniciais que podem causar a redução de stand (número de plantas por unidade de área). O pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), Crébio José Ávila, alerta sobre a seriedade do problema porque o milho, diferentemente da soja, não tem a capacidade de compensação da produtividade por área, em função da perda parcial de stand.
As pragas iniciais do milho mais preocupantes em Mato Grosso do Sul são: coró, percevejo barriga-verde, tripes e lagarta-do-cartucho. O coró é uma praga de solo que consome o sistema radicular do milho, o que prejudica a absorção de água e nutrientes. De acordo com o pesquisador, os danos são mais acentuados e visíveis quando o ataque ocorre na fase inicial de desenvolvimento da cultura e em períodos de estiagem. O controle da praga pode ser feito com a aplicação de inseticidas nas sementes ou em pulverização no sulco de semeadura.
Já o ataque do percevejo barriga-verde se dá com a sucção da planta de milho. Isso torna as plantas deformadas e prejudica o seu desenvolvimento. O controle é realizado através da aplicação de inseticida na semente e pulverização sobre as plantas.
O tripes tem sido constatado, principalmente, em períodos de estiagem em que prevalecem baixa umidade relativa do ar e temperaturas elevadas. “O inseto raspa as folhas de milho tornando-as esbranquiçadas. O controle pode ser feito com o tratamento de sementes e pulverização de inseticidas sobre as plantas”, explica o pesquisador.
A lagarta-do-cartucho corta as folhas novas da planta para se alimentar. O controle é feito através do uso de plantas transgênicas e de inseticidas aplicados nas sementes e na parte aérea da lavoura.