Os governos do Brasil e da Argentina se reunirão a cada três meses para tratar da agenda bilateral de comércio e cooperação nas áreas sanitária e tecnológica. A decisão foi tomada pelos ministros de Agricultura brasileiro, Wagner Rossi, e argentino, Julián Andrés Domínguez, em reunião realizada nesta segunda-feira (31), em Buenos Aires. Para Rossi, a reunião desta manhã foi “altamente produtiva”, caracterizando um marco para a integração e o comércio agrícola entre os dois países.
A próxima reunião está marcada para a primeira semana de julho, em Brasília. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) também deverá participar das conversas, assim como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina (Inta), representando a área de pesquisa. Os temas relativos à defesa agropecuária serão tratados pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa) e o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Alimentar (Senasa) Argentino.
Soja – Ainda no encontro, Rossi e Domínguez acertaram a constante troca de informações estratégicas na busca de oportunidades e perspectivas no comércio internacional. Como Brasil e Argentina respondem, juntos, pela maior produção mundial de soja ultrapassando, inclusive, os Estados Unidos, a ideia é que os países sul-americanos passem a desempenhar importante papel no mercado internacional, a partir de parceria estratégica para o desenvolvimento das duas nações. Nesse sentido, a adida agrícola brasileira em Buenos Aires, Bivanilda Tapias, que assume o posto na próxima semana, poderá colaborar nesse intercâmbio.
O Ministério de Agricultura, Pecuária e Pesca é uma pasta nova no governo argentino, antes vinculada ao Ministério de Economia e Finanças Públicas. Domínguez apresentou ao ministro brasileiro o desenvolvimento do plano estratégico agroalimentar e agroindustrial que será desenhado para os próximos seis anos no país vizinho.