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Liderança no controle de micotoxinas

Legislação brasileira para controle de micotoxicoses com uso de adsorventes é referência mundial. Estados Unidos e Europa ainda não possuem normas específicas para a utilização do produto. Carlos Mallmann, da UFSM, debateu o assunto durante simpósio em Campinas (SP).

Redação (19/03/2009)- As micotoxinas podem causar severas intoxicações em animais e humanos em decorrência do consumo, por exemplo, de grãos contaminados. Estas substâncias são resultantes da atividade metabólica de fungos e trazem grandes prejuízos à produção animal. Por isso, é necessário o controle rigoroso destas substâncias por meio de uma legislação adequada. De acordo com Carlos Augusto Mallmann, professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o Brasil possui atualmente a legislação mais completa quando o assunto é o controle de contaminações de grãos por micotoxinas. “O País é o único a possuir leis que regulamentam o uso de adsorventes contra estas substâncias tóxicas e fazem os devidos testes verificando sua eficácia”, explica Mallmann. “A Europa e os Estados Unidos apenas limitam a quantidade de micotoxinas permitidas, sem considerar uma solução palpável para o problema”. O professor da UFSM e pesquisador do Laboratório de Análises Micotoxicológicas (Lamic) debateu o assunto durante o Simpósio Técnico de Prevenção de Micotoxicoses em Animais de Produção, realizado pelas empresas Ilender e Amlan, no dia 16 de março em Campinas (SP).

O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de grãos, carne suína e de frango. Para Mallmann, os produtores enfrentem, durante todo o ano, problemas de contaminações de matérias-primas (como milho, soja) e da própria ração animal por micotoxinas. Entre as principais causadores de contaminação estão as Aflatoxinas, Fumonisina, Zearealenona e Vomitoxin. Estas substâncias atingem principalmente as lavouras de milho, trigo e soja, componente essencial das rações avícolas e suinícolas.

“Com o problema, diversos produtos começam a aparecer no mercado oferecendo soluções baseadas mais em marketing do que em resultados precisos. Verificando o problema, o governo brasileiro decidiu tomas as decisões necessárias para fornecer soluções reais”, comentou o pesquisador. “Nosso País é pioneiro no controle das micotoxinas e está conseguindo isso de forma muito prática e eficiente. Hoje o governo patrocina uma comissão de cientistas e especialistas na área de micotoxinas para criar e desenvolver uma metodologia de regulamentação para a aprovação de aditivos ‘antimicotoxinas’, também conhecidos como adsorventes”, explica.

Análises – Segundo o professor, atualmente a UFSM, por meio do Lamic, faz diversos estudos e análises de micotoxinas. “Embora nossa média em 2009 apresente baixa nos registros de contaminação, é necessário maior controle por conta das empresas”, afirma Mallmann. “No mês de março, registramos contaminação em 40% da produção de milho da safra 2009/2010”.

Para visualizar todos os índices, gráficos e estudos do Lamic, além da legislação mundial sobre o controle de micotoxinas, clique aqui.