Não interessa com o que você trabalhe, você está “refém” de um novo conceito que promete mudar os meios de produção em vários setores da economia brasileira: a sustentabilidade – termo que pode ser considerado até muito “chique” e que eleva as empresas a um patamar único de preocupação social, econômica e ambiental. Afinal, hoje em dia é bacana falar, discutir e argumentar em esfera empresarial e mundial sobre o tal do “desenvolvimento sustentável”, aquele tipo de serviço que gera lucro, trabalho e renda e que tem como principal finalidade caminhar com as próprias pernas, sem depender de recursos externos, além de, principalmente, respeitar o meio ambiente em sua totalidade, no intuito de reconstruir e conservar, a partir de então, um planeta mais estabilizado em escala global. Na agricultura, graças às novas tecnologias para plantio e criação, é possível se alcançar o sonho do desenvolvimento sustentável, além de conseguir melhores resultados em menor tempo de cultura e gestão pecuária.
Hoje em dia é possível encontrar tratores e colheitadeiras muito melhores para o plantio e colheita do que existiam há dez anos atrás, e só isso já representa um grande passo rumo ao desenvolvimento sustentável, já que a tecnologia está intrinsecamente ligada ao que há de avanço nos meios de produção e sustentabilidade. Mas não são só as grandes máquinas que representam o avanço tecnológico no campo. Para uma produção eficiente e rentável a área da tecnologia agrícola também conta com uma grande variedade de estufas, plásticos, pesticidas (agrotóxicos ou defensivos agrícolas, como preferir chamar), substratos, sistemas de irrigação, dentre outros produtos muito importantes que constituem a gama de principais elementos tecnológicos para bons resultados nas culturas.
Fornecer o subsídio para atender às necessidades da horticultura moderna não é, no entanto, a única saída para a rentabilidade dos produtores. É preciso capacitar muito bem o material humano – ou seja, os trabalhadores, já que são eles os responsáveis pilotar as máquinas e aplicar as técnicas de controle e crescimento dos produtos animais e vegetais que porventura sejam trabalhados em um centro agrícola de pequeno, médio ou grande porte. A tecnologia só é uma aliada dos meios de produção, e atua de forma sustentável, quando o material humano é bem selecionado, bem amparado, avaliado e tem acompanhamento constante dos fornecedores das tecnologias. Afinal, máquinas e químicas são ótimas para qualquer tipo de produção ou criação, mas elas não vão se manifestar e aplicar sozinhas. É preciso que a tecnologia ande em plena consonância com a equipe que será responsável por ela.
Os produtores brasileiros não estão desamparados no que concerne a descobrir novas e boas tecnologias para melhorar o desempenho de seu trabalho, já que a Embrapa (Empresa Brasileira de Agricultura e Pecuária) fornece suporte aos produtores agrícolas no sentido de fortalecer sua tecnologia de produção. Esse tipo de apoio foi um dos principais responsáveis por um salto na produção de produtos como milho, trigo, soja, arroz e feijão nos últimos 20 anos, onde a produção brasileira de grãos cresceu assustadores (mas promissores) 127% – o que representa o desenvolvimento baseado na sustentabilidade se formos pensar que esses números geram uma economia de 40 milhões de hectares que já não são mais necessários. Além de melhorar significativamente a cotação do trigo, milho e soja do mercado internacional (que é bem amparado por esse tipo de produto advindo do Brasil), o uso de novas tecnologias no ambiente do campo permitiu – e continua permitindo – o aumento da produção de gado e cultivo de legumes e frutas no país.
Flávio José de Carvalho
Relações Públicas – Muito Mais Digital
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