“Ações do governo com o apoio da Câmara Setorial do Milho foram fundamentais para estabilizar o comércio de milho este ano”, afirmou o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, durante a 10ª Reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Milho e Sorgo, nesta quarta-feira, 27 de outubro, em Brasília. Para Rossi, o milho é um produto tão importante que necessita de tratamento especial, para ajuste às necessidades do mercado. “Constantes investimentos em infraestrutura, leilões e escoamento da produção vêm harmonizando o setor”, destacou.
A possibilidade de utilizar o milho como matéria-prima para o etanol também foi discutida. A ideia é aproveitar o cereal de forma complementar à produção do biocombustível, que hoje é fabricado, principalmente, a partir da cana-de-açúcar. “É uma proposta que estamos começando a discutir e temos um longo caminho pela frente, antes que se torne realidade”, explica o coordenador-geral de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura, Tiago Giuliani. Segundo o coordenador, a proposta pode ser uma alternativa para os períodos de entressafra, tornando o produto competitivo em mercados como os Estados Unidos.
Hoje, o milho é plantado em todos os estados. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ceará cultivou área de 535,6 mil hectares de milho, com produção de 175,1 mil toneladas. No Rio Grande do Norte, a área ocupada pelo grão foi de 37 mil hectares e a colheita de 9,2 mil toneladas. Em Pernambuco, o plantio ocupou 272,5 mil hectares e rendeu 125,6 mil toneladas. A Paraíba ficou com a proporção de 69,6 mil hectares para 6,3 mil toneladas e o Pará fechou a safra passada com 540,6 mil hectares e 217 mil toneladas.